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Bolsões implantados pelo Codau repercutem nacionalmente

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10/06/2014

Bolsões implantados pelo Codau repercutem nacionalmente

Trata-se de tecnologia de baixíssimo custo, com resultados positivos para a regularização da vazão do rio Uberaba e benefícios conjuntos de melhoria da qualidade da água. 

A implantação de mais de 700 mini barragens para retenção de água de chuva dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do rio Uberaba, região localizada acima da estação de captação do Codau, está beneficiando diretamente a produção de água nesta região e influindo na estabilidade hídrica do rio. O projeto já repercuti nacionalmente, foi tema de reportagem esta semana da TV Globo e veiculado no programa Globo Rural. 

As barraginhas, também conhecidas por bolsões, vem sendo construídas pelo Codau como forma de atender aos projetos de recuperação ambiental na APA e apresentam resultados muito positivos, conforme esclarece o presidente do Centro Operacional, Luiz Guaritá Neto. 

Enquanto mais de 140 cidades brasileiras já passaram por problemas nos seus sistemas de abastecimento, Uberaba não sofreu com os baixos índices pluviométricos deste ano. E uma das razões está justamente nesses bolsões que estamos fazendo, garantiu Guaritá. A equipe de meio ambiente do Codau trabalha na definição dos locais e envia o maquinário. Os fazendeiros se cadastram e o trabalho é feito sem custos algum para os proprietários. Em média os bolsões são construídos com diâmetros de 5x6m. 

O Promotor de Justiça, Carlos Alberto Valera, da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Paranaíba e Baixo Rio Grande, explica que o MP reconhece o esforço que o Codau está fazendo na questão ambiental ao assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), baseado na Lei 12.503/97 que cria o Programa Estadual de Conservação da Água. Dentro desse conceito o Codau criou o sistema de bolsões priorizando a APA e para a nossa felicidade tal medida trouxe significativos ganhos ambientais de recarga hídrica mais eficiente dos mananciais e como consequência o volume do rio Uberaba se manteve mais estável, explicou o promotor. 

A experiência resultou em ganhos como atestou o proprietário Adilson Gomes, um dos beneficiados. Na fazenda dele são mais de 30 bolsões que foram construídos nos últimos anos. As nascentes foram recuperadas, ajudam agora a abastecer a propriedade. E todo o excedente segue para os afluentes do rio Uberaba. Não tive mais assoreamento e erosões e nascentes que eu nem sabia que tinha apareceram aqui, contou ele. Os fazendeiros são os maiores parceiros desse projeto, explica Guaritá. 

O engenheiro agrônomo, André Luís Fernandes, Doutor em Engenharia de Água e Solos da Universidade de Uberaba também conhece o projeto dos bolsões. Ele completa explicando que eles tem como principal função a recuperação de áreas degradadas pela chuva, além da revitalização e da perenização de mananciais com água de boa qualidade e da amenização de secas e enchentes. Quando se instalam em uma propriedade esses mini-açudes sucessivos e dispersos nos locais em que ocorram enxurradas volumosas e erosivas, estas são barradas e seus efeitos desastrosos amenizados pelo controle de erosões, assoreamentos, poluentes e outros danos. Esta tecnologia funciona como uma esponja armazenadora de água semi-filtrada, para as chuvas anuais totais de 1600 mm/ano, a média dos anos para Uberaba, conclui. 

O assunto foi tema de matéria para a TV Integração e agora veiculada também no Globo Rural. 

Fonte: CODAU

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